Editorial

O Núcleo Sephora fez 15 anos de atividades. Fundado em 1999 para reunir em torno de um eixo de pesquisa comum, as pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado e pós-doutorado orientadas por mim, tornou-se em 2007 uma associação sem fins lucrativos. Algum tempo depois criamos o Instituto Sephora de Ensino e Pesquisa de Orientação Lacaniana. Em nosso Simpósio deste ano, perguntamos: Ideologia, você quer uma pra viver? Uma boa resenha do simpósio pode ser encontrada na seção Atualidades. Saiba mais ->

Artigos

Atualidades

Ideologia: você quer uma pra viver? – Este foi o tema do IV Simpósio do INSTITUTO SEPHORA DE ENSINO E PESQUISA DE ORIENTAÇÃO LACANIANA, realizado no dia 16 de agosto de 2014, no auditório do Hospital Copa D’Or, na cidade do Rio de Janeiro. O tema deu continuidade às pesquisas do ano anterior, apresentadas no III Simpósio. Em 2013, os analistas do ISEPOL interrogaram-se sobre qual seria o lugar certo onde colocar o desejo, mais especificamente o desejo do analista, motor do tratamento psicanalítico. Esta questão se opôs à falta de rigor teórico que vem caracterizando a formação analítica no mundo contemporâneo. O desleixo relativo ao ensino da doutrina psicanalítica permitiu questionar se a psicanálise não estaria correndo o risco de formar analistas cuja prática discursiva nada ficaria devendo à dos movimentos sociais. Saiba mais ->

Resenhas

O que seria a psicanálise com crianças? Nada mais do que psicanálise. Esta é a posição de Freud, quando, em 1909, se ocupa do caso “O pequeno Hans”. O campo abordado pelo analista em uma psicanálise com crianças é o campo da linguagem. Mesmo que a criança ainda não fale, ela está imersa no discurso dos pais. Além disso, a própria intervenção do analista ajudará a compor um discurso coletivo que se constituirá em torno de um sintoma apresentado pela criança. A sociedade confere à criança um estatuto, já que a encarrega, à sua revelia, da realização narcísica dos pais. Ela teria a missão de atender ao discurso narcísico dos pais, realizar os seus desejos e sonhos. Às vezes, as queixas dos pais nos remetem a problemáticas próprias aos adultos. O que eles nos expõem não é uma realidade vivida, mas um sonho não realizado. Saiba mais ->