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Laboratório de Ensino


LIBIDO (Freud)

Carolina Apolinario de Souza
 

Segundo Freud, a libido seria a manifestação da pulsão sexual na vida psíquica. Ela seria um componente essencial da sexualidade como fonte de conflito psíquico. Em Além do Princípio do Prazer (1920), Freud estabeleceu um novo dualismo pulsional: Pulsão de vida e Pulsão de morte, no qual a libido é assimilada Eros (Pulsão de vida). Freud faz da libido o principal determinante da psique humana quando retira a libido do campo da sexologia (já que para os sexólogos libido era definida como todas as variações da atividade sexual humana no sentido de uma atividade genital). Num primeiro momento, ele ressalta que a libido seria uma energia, ou uma manifestação dinâmica da pulsão sexual na vida psíquica. A libido já não mais se constitui uma atividade somática, e sim um desejo sexual que procura satisfazer-se, fixando-se em objetos.

Em "Sobre o narcisismo: uma introdução" (1914), o ego é apontado como um grande reservatório, do qual flui a libido destinada aos objetos e para o qual regressa, vinda dos objetos. A libido objetal era portanto, inicialmente, libido do ego. Freud escreve neste texto que "Para a completa sanidade, é essencial que a libido não perca essa mobilidade plena" (Freud, 1914:106). Pode-se concluir que a libido objetal (libido investida em objetos) pode deslocar-se em seus investimentos, mudando de objeto e objetivos, não havendo desta forma direcionamento pré-determinado. A libido tem plena mobilidade entre objetos e o próprio ego, porém uma certa quantia permanecerá sempre investida no ego.

Segundo Laplanche e Pontalis (1996), toda libido é passível de ser sublimada, ou seja, desviada para um objetivo não sexual, onde investe objetos valorizados socialmente como a arte, a literatura e as atividades profissional e passional.



FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Rio de Janeiro: Imago, 1996:
__________ Sobre o narcisismo: uma introdução (1914), vol. XIV
__________Além do princípio do prazer (1920) vol. XVIII

LAPLANCHE & PONTALIS.; Vocabulário de Psicanálise- 4a edição, São
Paulo: Editora Martins Fontes, 2001

 

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