Versões contraditórias no campo da ciência: politização e desinformação na prevenção à Covid-19
Contradictory versions in the field of science: politicisation and misinformation in the prevention of Covid-19
Tania Coelho dos Santos
Revista aSEPHallus de Orientação Lacaniana
Núcleo de Pesquisa sobre
o Moderno e o Contemporâneo
★ Advertimos aos leitores que um grande número de artigos de vários autores fazem menção às experiências reais de atendimentos psicológicos realizados durante a pandemia. Para que pudessem ser publicados foram distorcidos, fundidos com vários outros casos, para que ninguém pudesse ser identificado. Todos os casos são fictícios.
A pandemia do novo Coronavírus desencadeou em todos os lugares do mundo uma estratégia feroz de combate epidemiológico que viria a modificar radicalmente a vida de todos. Isolamento social, higienização das mãos, alimentos, roupas e compras de supermercado ou farmácia são medidas que dolorosamente incorporaram-se à rotina. Hábitos distraídos como levar as mãos aos olhos, nariz e boca passaram a ser severamente proibidos. Nada disso se fez, portanto, sem um grande mal-estar. Passamos a nos assemelhar a indivíduos com sintomas obsessivos, o que não impediu que novas satisfações se revelassem e pequenas invenções restabelecessem a rede de relações sociais e de trabalho em novas bases. A vida é criativa e sempre triunfa sobre a destruição. Encontra sempre um jeito de recomeçar com novos custos. Saiba mais ->
Tania Coelho dos Santos
Filipe Pereirinha
Katia Kac Nigri
Douglas Nunes Abreu
Fuad Kyrillos Neto
Maria Gláucia Pires Calzavara
Pedro Sobrino Laureano
Roberto Calazans
Wilson Camilo Chaves
Fernanda Saboya R. Almendra
Tania Coelho dos Santos
Manuella Itapary Ribeiro Moreira
Maria Gabriela Severiano Ribeiro de Castro
Juliana Bassoli Santos Soares
Patrícia Matos Rodrigues
Mariana de Sá Freire Medrado Dias
Tania Coelho dos Santos
Flavia Ribeiro Costa Pereira
Daniele Rangel dos Santos Rodrigues
Edineia Aparecida da Silva da Graça e Costa
Alinne Nogueira Silva Coppus
Esta é uma situação única e inédita para nossa geração, e algumas anteriores: o enfrentamento a uma pandemia mundial. As fases do enfrentamento foram evoluindo com o tempo – da descrença na gravidade da doença às incertezas sobre sua evolução, para o pânico generalizado pelo estado de calamidade pública e mortes em ascensão, passando por entraves políticos e filosóficos, que misturados à ciência, tentavam dar conta de tratar uma nova doença, nem tão desconhecida assim (Hawryluck et al., 2005).
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Diante do acontecimento atual da pandemia, a dimensão do corpo parece emergir primeiro em sua vulnerabilidade a um vírus que não pertence a nenhum viés ideológico, crença ou cultura, evocando nosso estado originário de profundo despreparo para aquilo que pode irromper na realidade sem pedir licença. Mas o protagonismo do corpo do sujeito também comparece no nível das ações de precaução para a diminuição do contágio, mobilizando as angústias de cada um na preservação de si e dos outros.
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